Quaisquer estratégias que têm como objetivos prevenir e controlar as infecções nas granjas consequentemente contribuem para a redução do uso de antibióticos no sistema produtivo (Guardabassi et al., 2018). Como, por exemplo, medidas de biosseguridade interna e externa, boas práticas de manejo, controle de doenças e programas de vacinação, levando ao aumento da eficácia do sistema imune dos animais (Guardabassi et al., 2018). Substâncias alternativas aos antibióticos, como os prebióticos e ácidos orgânicos (AOs), podem ajudar como complementos na promoção de uma melhor saúde intestinal, que está diretamente relacionada à imunidade dos suínos (Fouhse et al., 2016).
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A vacinação é uma das medidas capazes de fortalecer o sistema imune dos animais e torná-lo capaz de combater agentes infecciosos, prevenindo infecções endêmicas e reduzindo a necessidade do uso de antibióticos (Marquardt et al., 2018). Uma entre as diversas vantagens da vacinação é a ausência de efeito sobre a microbiota intestinal, sendo a vacinação oral de leitões desmamados com vacinas de bactérias vivas atenuadas uma das abordagens mais efetivas na redução da ocorrência de doenças entéricas em suínos (Allen et al., 2013).
Promover um ecossistema intestinal saudável e evitar a ocorrência de disbiose, que é causada pelo uso dos antibióticos, são pontos-chave na prevenção de doenças entéricas, como as diarreias pós-desmame (Gresse et al., 2017). Os prebióticos, quando incluídos na dieta dos suínos, estimulam a proliferação e atividade metabólica de microrganismos benéficos, contribuindo dessa forma para um ecossistema estável (Fouhse et al., 2016). Já os AOs reduzem a excreção de E.coli e aumenta a contagem de Lactobacillus em leitões desmamados (Maribo et al., 2000), de terminação (Upadhaya et al., 2014) e em porcas (Devi et al., 2014), promovendo a eubiose.
A redução do uso de antimicrobianos na produção animal já é uma realidade, entretanto, para que não haja grandes impactos negativos na produção, a associação de medidas de biossegurança, programas de vacinação e manejo dietético – com o uso de suplementos que promovam melhorias na saúde intestinal – pode ser uma grande aliada.