ASGAV e OVOS RS definem requisitos técnicos para certificação de qualidade de ovos

 

Seguindo o cronograma definido a certificadora está com os requisitos técnicos de avaliação para os diferentes sistemas de produção consolidados

 

Após um extenso trabalho de revisão das legislações vigente no país, legislações internacionais e orientações, recomendações nacionais e internacionais foi realizada a consolidação destas informações que agora compõem os requisitos técnicos da certificadora da qualidade de ovos desenvolvida pela ASGAV e Programa OVOS RS com suporte técnico do Instituto SENAI de Alimentos e Bebidas.

 

José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da ASGAV e Coordenador do Programa Ovos RS: proposta da certificação visa colaborar com o desenvolvimento da produção e propiciar mais mecanismos de credibilidade para o setor produtivo de ovos. 

 

Todo este trabalho de consolidação e construção dos requisitos técnicos de certificação foi acompanhado e contou com as contribuições de um comitê técnico consultivo. Este comitê que é composto por representantes dos diferentes segmentos de atuação na postura comercial, também tem o importante papel de nortear este trabalho trazendo as experiências práticas e destacando o que tem ou não potencial de aplicação prática.

Em reunião virtual realizada no último dia 28 de Agosto, o comitê se reuniu novamente para delegar sobre os requisitos técnicos de certificação mais propensos a polêmicas e dificuldades de execução prática. Na ocasião, além dos membros do comitê técnico consultivo, ASGAV/Programa Ovos RS e Instituto SENAI, participaram da reunião alguns produtores de ovos e técnicos do setor convidados.

 

 

Após esta reunião e a realização de ajustes conforme sugestões dos participantes está concluída a elaboração dos requisitos técnicos de certificação. Estão avançando em paralelo a elaboração dos requisitos gerais de certificação, definições formais com organismo de certificação acreditado INMETRO que será o executor das auditorias de avaliação dos estabelecimentos e finalização do processo de registro da marca que será divulgada em breve.

Representantes da ASGAV fizeram uma apresentação para contextualizar os fatos que culminaram na criação desta certificadora e o papel que esta terá para respaldar as práticas e ações dos produtores de ovos frente à legislação brasileira, em especial após as alterações do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA. Também há um crescente interesse dos consumidores em conhecer mais sobre os alimentos que consomem e tem buscado produtos diferenciados ou que comprovem sistemas de produção através de sólidos programas de qualidade ou por meio de certificações de terceira parte.

A certificadora que está sendo criada pela ASGAV e Programa Ovos RS, como certificação voluntária e embasada na legislação vigente, será uma alternativa aos produtores de ovos que buscam apresentar produtos diferenciados aos seus consumidores, para respaldar sistemas de produção diferenciados frente à fiscalização e serão valorizados através da comunicação estratégica da certificadora junto à clientes, instituições financeiras e ao mercado interno e externo.

José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da ASGAV e Coordenador do Programa Ovos RS, afirmou que a proposta da certificação visa colaborar com o desenvolvimento da produção e propiciar mais mecanismos de credibilidade para o setor.

 

 

Acompanhe mais detalhes em uma conversa exclusiva do OvoSite com José Eduardo dos Santos. 

 

Quando você diz que a proposta da certificação visa colaborar com o desenvolvimento da produção e propiciar mais mecanismos de credibilidade para o setor, em quais aspectos, especificamente? 

A legislação brasileira ainda não contempla os chamados “sistemas alternativos” de produção de ovos como produção livre de gaiolas (Cage Free) e livre de gaiolas com acesso a áreas externas (Free Range). Por outro lado, a recente atualização do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA permite que este tipo de produção ocorra e que seja apresentado ao consumidor como um produto diferenciado, mas exige que este produtor comprove quais requisitos de produção está seguindo e quais os controles e monitoramentos que implanta para comprovar o atendimento dos critérios.

As certificadoras de terceira parte como esta que está sendo criada podem ajudar estes produtores em suas comprovações frente às fiscalizações, bem como dá maior credibilidade de seus produtos frente aos consumidores já que todo o processo de avaliação dos requisitos de produção é conduzido por auditores externos e, no nosso caso, vinculados a um organismo de certificação acreditado junto ao INMETRO.

Atualmente a produção brasileira de ovos é praticamente toda destinada ao mercado interno, somente 0,4% tem seguido o caminho da exportação. As certificações de terceira parte podem auxiliar os produtores na busca por mercados importadores na comprovação e fornecimento de garantias de que atendem requisitos de biosseguridade, boas práticas de produção, bem-estar dos animais, rastreabilidade e qualidade de seus produtos.

Empresas que assumiram compromissos com o uso de ovos livres de gaiola têm buscado por produtos certificados para terem a garantia de que realmente estão cumprindo com seus compromissos públicos. Esta certificadora será uma opção criada pelo setor, para que os produtores possam apresentar produtos certificados aos mercados que o exigem e comprovar seus diferenciais de produção frente a fiscalização.

 

Como essa certificação pode gerar avanço no setor, sob o seu ponto de vista? 

Espera-se com esta certificação fortalecer tecnicamente o setor, pois os produtores certificados deverão atender requisitos em todas as áreas da produção: locais de alojamento das aves, locais de produção e armazenamento da ração fornecida, controle de qualidade da água e dos ambientes de criação e uma série de requisitos junto às salas de classificação dos ovos. Todos os requisitos técnicos de certificação foram construídos em acordo com a legislação brasileira e observando o contexto das legislações e recomendações internacionais inclusive recomendações da Organização Mundial da Saúde Animal – OIE.

Em paralelo a certificadora trabalhará na comunicação estratégica para valorizar os estabelecimentos certificados frente ao serviço oficial, consumidores, e mercados interno e externo. Este trabalho de comunicação dará sequência ao que já vem sendo realizado hoje com o Programa Ovos RS e que alcançou excelentes resultados alavancando o consumo de ovos em nosso estado e no país. As redes de comunicação da certificadora também apresentarão de forma clara aos consumidores as diferenças existentes entre os sistemas de criação. Desta forma cada consumidor poderá escolher o ovo produzido da forma que mais atenda os seus valores pessoais e o seu poder aquisitivo.

 

Como os produtores de ovos do RS estão recebendo essa novidade?

Inicialmente o papel das certificações era visto como algo importante para diferenciar os produtos no mercado e conquistar consumidores mais exigentes. Mas, com estas alterações na legislação e com o crescente aumento do interesse no setor de produção de ovos os produtores tem visto como necessário respaldar seus processos produtivos através de auditorias externas.

Já temos estabelecimentos interessados em conhecer mais sobre os critérios de avaliação da certificadora e ansiosos pelo seu lançamento no mercado, sobretudo, por esta ser uma opção criada pelo setor para o setor. Cabe destacar que todo o processo de avaliação dos estabelecimentos em certificação será conduzido pelo organismo de certificação de forma totalmente independente e sem interferências da certificadora ou da ASGAV. Estabelecimento só voltará a interagir com a certificadora quando estiver aprovado na avaliação técnica.

 

Fonte: OvoSite 
Autor: Redação

https://www.ovosite.com.br/index.php?page=noticias&id=17739

 

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