COMO OCORRE A INTERAÇÃO ENTRE COCCIDIOSE E CLOSTRIDIOSE?

Atualmente, um dos maiores desafios na cadeia avícola é a interação de diferentes patogenias nos ambientes de produção das aves, aumentando significativamente os sinais clínicos e exacerbando os prejuízos zootécnicos.

Principalmente durante o verão, as condições climáticas (calor e umidade alta) favorecem o umedecimento da cama, e, consequentemente, a esporulação dos oocistos de Eimeria no galpão, levando a quadros de coccidiose. Os danos intestinais ocasionados pela colonização de Eimeria não só afetam a viabilidade dos enterócitos, mas causam também derramamento de proteínas plasmáticas e muco no lúmen intestinal, favorecendo a proliferação do Clostridium perfringens no intestino, conforme ilustração abaixo: 

Interação entre coccidiose e clostridiose no lúmen intestinal.

Clostridium perfringens é o agente causador da enterite necrótica, doença que afeta a produção de frangos de corte no mundo todo. A presença da clostridiose pode ou não estar associada à coccidiose.

Os oocistos de Eimeria máxima são muito grandes, quando comparados aos oocistos de espécies como Eimeria acervulina e Eimeria tenella, por exemplo. Ao lesionarem o enterócito abrem portas para entrada de outros patógenos, como o Clostridium perfringens e a Salmonella spp. Em situações de desafios para coccidiose, a escolha assertiva do anticoccidiano previne também a entrada desses patógenos na região lesionada do epitélio intestinal. 

Alguns anticoccidianos, além de proteção contra a coccidiose, possuem ação efetiva contra a clostridiose (lasalocida, narasina e salinomicina). Essas moléculas são alternativas eficazes e potentes no controle da enterite necrótica, principalmente nos programas de verão. Já os anticoccidianos sintéticos e os ionóforos glicosídeos não possuem atividade antibacteriana específica. Por isso, conjuntamente com esses produtos, a utilização de antimicrobianos terapêuticos Gram (+) não sistêmicos oferecem uma alternativa preventiva ao desenvolvimento das clostridioses.

A melhor maneira de monitorar o status sanitário, frente aos desafios de coccidiose e clostridiose, é a realização de monitorias sanitárias rotineiras nos plantéis avícolas. 

Portanto, para gestão sanitária dos plantéis, é imprescindível entender qual espécie de Eimeria é mais prevalente na integração, em qual idade os lotes estão mais suscetíveis às infecções, quais são as estratégias disponíveis para monitoria da doença e o mecanismo de ação dos diferentes anticoccidianos disponíveis. Avaliando esses fatores, a escolha das ferramentas de controle se torna muito assertiva.

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Autor:

Josias Rodrigo Vogt – Assistente Técnico | Zoetis – Aves

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