Cuidados com a antibioticoterapia na suinocultura iniciam o ciclo de palestras do Qualificases

Abrindo as discussões e apresentações do Qualificases da 6ª FAVESU, na manhã desta quarta-feira (08), o auditório 2 está recebendo a diretora técnica da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Charli Ludtke, e a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Jalusa Deon Kich, para falar sobre a antibioticoterapia na suinocultura.

Abordando a temática “antibioticoterapia na suinocultura: cuidados para um uso eficaz e racional”, as duas palestrantes destacam como o assunto vem sendo trabalhado por entidades como a ABCS e a Embrapa, e também junto a cadeia suinícola nacional.

Charli destaca a importância de se debater essa temática que vem sendo um dos focos do trabalho da ABCS. “A questão da antibioticoterapia é um tema extremamente relevante e a ABCS vem dando total importância. Estamos lançando no próximo dia 22 de junho, durante o International Pig Veterinary Society (IPVS), no Rio de Janeiro, um livro específico sobre o uso prudente de antibióticos na suinocultura. A ABCS também tem desenvolvido materiais técnicos e promovido muitas palestras e treinamentos para os produtores, veterinários e colaboradores das granjas, principalmente para destacar as medidas que podem ser trabalhadas como prevenção antes da utilização dos antibióticos”, reiterou Charli.

Jalusa enfatiza como vem sendo a procura dos produtores e empresas do setor com relação ao assunto, que também é foco de uma pesquisa que ela vem liderando no Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO).

“Essa questão dos antimicrobianos é uma temática da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Mundial de Saúde Animal e outras organizações. Existe uma chamada global para que todos os países produtores de animais trabalhem essa utilização dos antimicrobianos, que invariavelmente seleciona bactérias resistentes, em qualquer área, tanto na parte humana, quanto na parte animal. Existe uma perspectiva de termos muitos problemas no futuro com doenças bacterianas intratáveis em humanos e animais e, por isso, a OMS fez esse chamamento. O Brasil, que é um grande produtor de alimentos, também já tem o seu plano nacional para o controle da resistência e esse projeto que faço parte, busca repensar o uso de antimicrobianos na produção animal”, contou a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.

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