Escrito por Egídio Serpa, [email protected]
Assim como há na mesma Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet um Programa de Revitalização do Algodão – em ampla e exitosa implementação – deveria haver, também, um para a Revitalização do Milho.
Está, mais uma vez, a avicultura cearense a depender da boa vontade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para ter o milho de que necessita para a ração alimentícia dos seus plantéis.
Esse milho vem do Centro Oeste, usando uma logística de transporte que quase dobra o seu custo final.
Por que o Ceará não produz o seu próprio milho? – indaga a coluna ao agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedet).
“Não compensa, salvo quando irrigado e integrado à agroindústria ou à alimentação animal”, ele responde.
Nas grandes regiões produtoras, como o Sul (Paraná) e o Centro Oeste (Mato Grosso e Goiás), onde se misturam a água da chuva e a da irrigação, a produtividade alcança 5,5 toneladas de milho por hectare – número da safra de 2018.
No Ceará, cuja produção é em sequeiro (só produz com chuva), essa produtividade é de apenas 820 quilos (dado de 2018).
Resultado: a avicultura cearense, uma atividade que cresce na velocidade do frevo, manter-se-á dependente dos humores da Conab.
Ora, assim como há na mesma Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet um Programa de Revitalização do Algodão – em ampla e exitosa implementação – deveria haver, também, um para a Revitalização do Milho.
As granjas cearenses merecem esse esfirço. Elas já produzem aves e ovos para o seu mercado interno estadual e ainda abastecem, com o excedente, o Rio Grande do Norte, o Piauí, o Maranhão e o Pará.