OS PROGRAMAS VACINAIS PARA A PREVENÇÃO DE BOUBA AVIÁRIA

O desafio sanitário para a humanidade que está acontecendo nos últimos dois anos, a pandemia pelo COVID-19, fez com que a grande maioria da população entendesse mais facilmente o quanto as vacinas são importantes para o controle de doenças. Na avicultura não é diferente, o surgimento das vacinações na atividade tornou possível o aumento exponencial da produção e a garantia de qualidade dos produtos destinados aos consumidores finais.

As vacinações também são de suma importância para controlar os desafios de bouba aviária tanto na forma diftérica quanto na forma cutânea. Todos os segmentos de interesse, frangos de corte e reprodutoras, podem ser protegidos através das vacinações feitas no incubatório e/ou a campo.

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Fonte: https://www.pacificvet.co.nz/wp-content/uploads/2019/01/PAC0019F-Wingweb-injection_25.pdf

Como acontece na prevenção de outras enfermidades, no desenho do programa vacinal para bouba aviária, as particularidades do local, os desafios sanitários presentes, serão cruciais para estruturar tal programa.

Para as aves de vida longa, os programas vacinais de bouba aviária podem ser compostos por uma ou duas doses e somente com vacinas mais atenuadas ou com a combinação de vacinas mais atenuadas com menos atenuadas. A primeira dose de vacina pode ser feita desde o incubatório até seis semanas de idade, as cepas mais atenuadas são as indicadas para esse momento. Já a segunda dose deve ser feita nas aves com mais de seis semanas e pode ser com as cepas mais ou menos brandas, de acordo com os desafios da região.

No frango de corte, as regiões que precisam de vacinações para bouba aviária são feitas no incubatório, via in ovo ou via subcutânea. Para esse segmento, é possível somente a utilização de cepas mais atenuadas da vacina.

Fonte: https://poultryhealthtoday.com/studies-demonstrate-benefits-dual-needle-ovo-vaccine-delivery/

Nas vacinações feitas no incubatório, para ambos os segmentos, a quantidade de títulos vacinais é crucial para evitar reações vacinais exacerbadas e para que as aves tenham um bom nível de proteção. Sendo assim, para as aves vacinadas via in ovo a indicação é 50 a 80 partículas virais por dose e para as aves vacinadas via subcutânea de 100 a 150.

Lembrando que, as vacinas de bouba aviária fraca, mais atenuadas, e forte, menos atenuadas, presentes no mercado têm as suas particularidades dependendo do fabricante. Por esse motivo, o gestor da área sanitária que é responsável por definir os programas vacinais necessita ficar atento a todos os detalhes de imunização citados acima e conhecer de forma mais aprofundada as características de cada uma das opções existentes.

Autor:

Dircélio Nascimento Jr. | Zoetis – Aves

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