OS DESAFIOS DE BOUBA AVIÁRIA NO FRANGO DE CORTE

O Brasil está entre os grandes produtores de frango no mundo e é o maior exportador dessa carne. Porém, devido a uma somatória de fatores e às consequentes altas nos insumos de produção, as empresas produtoras estão tendo grandes desafios para manter a rentabilidade nos últimos anos. Por esse motivo, o bom desempenho produtivo tornou-se mais importante do que nunca, e como sabemos, a sanidade é um pilar fundamental para os bons resultados na avicultura.

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Os desafios por bouba aviária, seja ela na forma diftérica ou cutânea, causam grandes impactos nos dados zootécnicos e, em consequência, no balanço financeiro da atividade. As lesões na forma diftérica, lesões ulcerativas no trato digestivo e/ou respiratório, prejudicam intensamente a eficiência alimentar das aves, piorando a conversão alimentar e podendo até chegar a casos de maior mortalidade nos lotes. Já as lesões cutâneas, podem causar as mesmas perdas no frango de corte, além disso, podem impactar negativamente nos resultados de abatedouro, podendo aumentar as condenações.

A bouba aviária tem a transmissão horizontal e lenta, além disso, essa doença tem o período de incubação relativamente longo, de 4 a 10 dias. Por esse motivo, é comum a indicação para vacinações de lotes que estejam passando por esse desafio.

Os vetores, como os insetos, têm papel importante na disseminação desse patógeno entre galpões e entre lotes em uma integração. O controle de insetos é algo geralmente muito desafiador e é fundamental para evitar ou diminuir os casos de bouba aviária nas aves.

As aves de vida livre em muitos casos são reservatórios dos vírus da bouba aviária. Sendo assim, evitar que as aves de vida livre se aproximem dos galpões e estimular a vacinação nas aves de criação extensiva são pontos relevantes para diminuir as pressões sanitárias dessa enfermidade.

Fowl Pox

Fonte: https://bitchinchickens.com/2019/10/09/fowl-pox/

As vacinações de frango de corte na avicultura moderna estão basicamente concentradas no incubatório, raros os casos de vacinações nesse segmento que acontecem no campo. Para a prevenção da bouba aviária, não é diferente, as empresas que detectam o desafio nas produções colocam as vacinações contra bouba aviária em seus programas e fazem as mesmas por via subcutânea, logo após o nascimento, ou via in ovo, durante a transferência das incubadoras para os nascedouros.

Autor:

Dircélio Nascimento Jr. | Zoetis – Aves

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