Adjuvante é uma palavra derivada do latim (adjuvare) que significa ajudar. São substâncias que, quando acrescidas às vacinas, maximizam sua eficiência, especialmente daquelas compostas por microrganismos inativados ou altamente purificados.
As vacinas inativadas virais e bacterianas desempenham papel fundamental tanto na proteção quanto na indução de imunidade maternal em reprodutoras. A associação de vários antígenos em um único produto é um grande benefício, pois permite que a ave seja imunizada com menor número de aplicações injetáveis. Aves de vida longa recebem vacinas inativadas com formulação polivalente e eventualmente é necessário combinar mais do que uma vacina para tornar o programa abrangente e adequado ao desafio de campo.
Em função do aumento do desafio de campo e também para produzir uma imunidade maternal mais completa, os produtores brasileiros de aves reprodutoras têm adotado programas imunoprofiláticos amplos o que normalmente leva à necessidade de usar mais do que uma vacina inativada obrigando a aplicação múltipla por via injetável. Normalmente essa aplicação é realizada por via intramuscular sendo que nos casos de aplicação dupla, cada lado do peito da ave recebe uma vacina. Além da intensa atividade com uso de mão-de-obra e manuseio individual das aves, toda vacina injetável pode produzir lesões no local da aplicação causando estresse às aves.
Dessa forma, a concentração de vários antígenos e a maximização da resposta imune em um mesmo produto tem sido alvo de pesquisa e desenvolvimento dos laboratórios fabricantes de vacinas inativadas, pois reduz a necessidade de aplicação das vacinas inativadas por via intramuscular. Esse desenvolvimento envolve a pesquisa por novos imunomoduladores que permitam produtos polivalentes com alta eficácia.
Em uma vacina inativada ideal, procura-se conjugar imunogenicidade e inocuidade. Esta busca constante do equilíbrio entre a capacidade de produzir uma resposta imunológica sólida e a ausência de reações adversas vem resultando no desenvolvimento de novas tecnologias de produção, formulação, emulsificação e potencialização da resposta imune com a adição de componentes imunomoduladores.
Imunomoduladores ajudam na fase do reconhecimento do antígeno, pois atuam sensibilizando células apresentadoras de antígenos. Dessa forma, a resposta imune fica potencializada e a eficácia das vacinas melhora significativamente.
Dessa maneira, os imunomoduladores quando acrescidos às vacinas tem a capacidade de maximizar sua eficácia pois melhoram a resposta imune da ave. Essa modulação da resposta imune resulta no aumento da eficácia e permite redução na quantidade do antígeno injetado, redução no número de doses do programa vacinal, e mesmo acréscimo de novos antígenos tornando a vacina mais completa.
Entre os diversos tipos de imunomoduladores desenvolvidos, o oligonucleotídeo denominado CpG tem ganhado bastante destaque. Oligonucleotídeos CpG são moléculas pequenas de DNA fita simples de sequência e tamanho definido contendo bases nucleotídicas de Citosina (C) seguida de Guanina (G). Esta sequência nucleotídica é amplamente encontrada no material genético de vírus e bactérias, mas raramente encontrado em genomas de vertebrados. Uma diferença entre a sequência de oligonucleotídeos CpG encontrada em vertebrados com os ODNs CpG encontrados em vírus e bactérias é que em vertebrados esta sequência é metilada. A molécula sintética de ODN CpG mimetiza sequências naturalmente encontradas em vírus e bactérias. Igualmente ao DNA de um patógeno, o ODN CpG sintético tem mostrado estimular a proteção inata e também a resposta imune adaptativa.
O entendimento de novas alternativas de melhorar a resposta imune conferida pelas vacinas inativadas tem grande potencial de maximizar a proteção tanto das aves vacinadas como de suas progênies. Os imunomoduladores são parte do futuro do desenvolvimento das vacinas para aves de vida longa.
Fonte: Acessória de imprensa