Bigtech será uma das lideranças da iniciativa que visa a ampliação do uso de tecnologia para ampliar a sustentabilidade no setor agropecuário
Líder em tecnologia e inteligência para o agronegócio, a Agrotools participará do projeto “Pecuária de Baixo Carbono”, desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A ação tem o objetivo de elaborar estratégias e modelos de negócios que adotem o uso de tecnologias visando a redução da emissão de gases de efeito estufa, estimulando a sustentabilidade na produção de carne e leite no Brasil.
A iniciativa foi criada para encontrar formas de o Brasil cumprir o Acordo do Metano, assinado na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 26), que estabeleceu um compromisso global de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030. O consórcio vencedor da disputa foi o liderado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que contou com o auxílio de cinco grandes empresas, dentre elas a Agrotools. Trazendo embasamento acadêmico com base científica para o desenvolvimento do projeto que vai servir como espinha dorsal para implementação de iniciativas de reversão dos efeitos climáticos globais.
“Nossa participação no consórcio surgiu do fato de sermos uma empresa de tecnologia atuante dentro do setor agro, com uma vasta experiência na elaboração de sistemas informatizados para o campo e conhecimento prévio no desenvolvimento de Análise de Ciclo de Vida para cadeia de carne”, explica Juliana Pandeló, Diretora de Relacionamentos Estratégicos da AgTech.
Em 15 anos de atuação no mercado, a Agrotools traduziu as boas práticas de sustentabilidade para escala macro e se tornou responsável pelo maior monitoramento das cadeias de carne do mundo. Isso porque a corporação acumulou uma base de milhares de camadas e mapas relacionados a aspectos ambientais, estrutura fundiária, capital natural, exigências de mercado financeiro e mudanças climáticas. “É essa base de dados gigantesca, que, atrelada à capacidade de processamento massivo de dados, permite a entrega de soluções digitais testadas e aprovadas pelos principais players do mercado”, pontua Juliana.
Desenvolvimento do projeto
O projeto contará com dois movimentos principais. O primeiro será a indicação de mecanismos de incentivo que estimulem investimentos na redução de emissões de carbono, tanto na etapa agrícola quanto na industrialização da carne e leite bovinos. O segundo será o desenvolvimento de uma calculadora para Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) dos produtos, que se caracteriza por um método para medição e certificação de emissões de carbono, desde os insumos utilizados na produção agrícola, até o processamento industrial. A criação dessa ferramenta terá a Agrotools como protagonista.
“Nosso principal papel nessa ação será na definição do fluxo de trabalho da Calculadora ACV, em que serão detalhadas todas as etapas do processo de funcionamento da ferramenta, desde a fase de inserção de dados pelos usuários até a geração de relatórios de desempenho ambiental, passando também pelos processos associados de certificação e validação externa dos dados registrados na calculadora”, destaca Juliana.
Com a metodologia estabelecida, a intenção do BNDES e do MAPA é criar linhas especiais para o setor produtivo que viabilizem a migração das atividades mais intensivas em emissões de carbono e metano para as menos intensivas. “O setor está diante de uma oportunidade econômica e ambiental expressiva. O interesse por propriedade com desmatamento evitado ou com foco no reflorestamento para geração de crédito de carbono tem trazido alternativas de receita para produtores rurais e pecuaristas”, completa a Diretora da Agrotools.
“A elaboração do cálculo de emissão dos gases de efeito estufa de fazendas de pecuária e avaliação de iniciativas de descarbonização contribuirão para a redução do impacto do setor em nível nacional. A conta é um estudo de análise de ciclo de vida que avalia o impacto de produtos na mudança do clima, considerado tema central para o desenvolvimento sustentável”, finaliza a executiva.