ALERTA VERMELHO PARA A AVICULTURA MUNDIAL

 

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Nos últimos anos, em especial 2021, o que vimos foi alarmante, um aumento significativo dos casos de influenza aviária espalhados pelo mundo, passando pelo Oriente Médio, Ásia, Europa e América do Norte.  

Praticamente todas as espécies de aves podem ser infectadas pelo vírus da influenza aviária. O avian influenza Tipo A é o agente infeccioso que infecta o maior número de aves e os surtos trazem grandes prejuízos econômicos. Em 2015, os Estados Unidos tiveram que sacrificar cerca de 50 milhões de aves entre perus e frangos devido à detecção desse agente.

Abaixo, podemos ver os reportes globais dos casos de influenza aviária de 2021.

Fonte: FAO, 2022.

Praticamente todos os países que produzem frangos já reportaram casos de influeza aviária, exceto o Brasil.

As aves aquáticas, silvestres e migratórias assumem um papel de alta relevância na disseminação desse agente, até pinguins na Antártida já apresentaram o vírus. No mapa abaixo é possível identificar as rotas de aves migratórias no mundo. Essa variável é quase impossível de controlar, portanto, pode ser difícil acompanhar o percurso da transmissão viral.

 

Os reservatórios naturais mais importantes são as aves silvestres, sobretudo as aquáticas,consideradas como as principais fontes de contaminação e difusão para a avicultura industrial, especialmente durante a migração. Perus e aves aquáticas migratórias convivem em algumas regiões muito estreitamente, facilitando a transmissão do vírus. Em estudos realizados em Minnesota, Estados Unidos, há indicação de que a doença surge concomitante a chegada das aves migratórias na região. O mesmo fenômeno ocorre em Norfolk, Inglaterra, onde o problema acontece ao longo das rotas de aves migratórias. A incidência do vírus da influenza em patos domésticos é maior do que em perus, e mais em perus do que em galinhas. Em muitos países, criações de patos, particularmente para engorda, são feitas em campo aberto ou pequenas lagoas, que são acessíveis ao contato com as aves silvestres, essa prática facilita muito a disseminação desse agente.

Medidas de prevenção

As medidas de biosseguiridade devem ser reforçadas, isso engloba todos os elos da cadeia produtiva, em especial as granjas. Realizar treinamentos para os colaboradores, fornecendo assim, uma visão sistêmica para todos. Restringir o acesso às granjas de qualquer pessoa procedente de outros países. O acesso de terceiros às granjas só deve ocorrer em caso de extrema necessidade. 

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Autor: Gleidson Salles – M.V. MSc Serviços Técnicos | Zoetis – Aves
https://www.zoetis.com.br/paineldaavicultura/posts/109-alerta-vermelho-para-a-avicultura-mundial.aspx 

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