Regras básicas de configuração de inlets nos aviários climatizados. Saiba mais no blog da Zoetis.
Embora citada há muito tempo, a ventilação mínima (VM) ainda é tema de muita discussão entre os produtores e técnicos. Várias literaturas e consultores indicam a importância de fazer uma boa ventilação mínima, tanto em quantidade como em qualidade. Porém poucos dão parâmetros de como seria essa boa ventilação, de como fazer para que tenhamos qualidade além de quantidade na VM.
Com certeza, essa discussão ainda vai ser longa, devido a complexidade do tema, a diversidade de ambientes e o clima que possuímos em cada estado ou país, adaptações e melhorias no sistema irão acontecer a todo momento. Porém, alguns parâmetros são bem estabelecidos, principalmente, os que levam em conta a física e a matemática, que independente do lugar que esteja sempre será exata para uma ambiência nos aviários correta.
Um exemplo disso é a configuração dos inlets nos aviários climatizados. Seu funcionamento correto implica diretamente na qualidade da VM, e seu manejo correto é puramente físico, não tendo muitas diferenças entre localidades.
QUAL A FUNÇÃO DO INLET NOS AVIÁRIOS?
A função do inlet é direcionar o ar até o centro do aviário pela parte superior, ganhando temperatura e perdendo umidade, até que se junte com o ar que entra pelo inlet do lado oposto e então aconteça a mistura, na sequência é direcionado para as laterais do aviário renovando por completo o ar daquele ambiente onde as aves estão alojadas. O que não se espera do inlet, é que o ar ao entrar, caia diretamente sobre elas, ainda frio e úmido, que além de esfriar e umedecer a cama e as aves, deixaria alguns pontos do aviário sem ventilação.
COMO CONFIGURAR O INLET NOS AVIÁRIOS?
Para que esse movimento aconteça, precisamos seguir duas regras no manejo dos inlets. A primeira, é a regra da velocidade de entrada do ar, quanto maior a velocidade de entrada do ar no inlet, maior será sua capacidade de deslocamento. Como esse ar tem que ir até o centro da granja, onde encontra o ar que entra pelo inlet oposto, então quanto mais largo for o aviário, com mais velocidade esse ar terá que passar pelo inlet.
Porém, a forma que temos para regular esse inlet não é pela velocidade de entrada, e sim pela pressão negativa no momento da operação, quanto maior a pressão negativa, maior será a velocidade de entrada do ar.
Podemos seguir uma regra muito fácil e funcional para esse cálculo, que é a seguinte: para cada 61cm que o ar tem que percorrer desde a entrada do inlet até atingir o centro do aviário, incrementamos 2,5 Pascais (unidade de medida padrão de pressão e tensão) na pressão desejada. Dessa maneira, um aviário de 18m de largura terá uma pressão desejada em VM de 36 a 37 Pascais.
A segunda regra é a abertura mínima, se o inlet estiver com a abertura muito pequena, o direcionamento do ar será para a forração ou para o teto, onde se chocará e cairá diretamente sobre as aves na lateral do aviário. Devemos manter uma abertura mínima de pelo menos 6cm nos inlets de tampa côncava e de 10cm nos inlets de tampa reta para termos o correto direcionamento do ar.
Depois de regulada a pressão, se os inlets não apresentarem abertura mínima, será necessário aumentar o número de exaustores na VM ou fechar alguns inlets, se a quantidade na pinteira for muito grande.
Definido o número de exaustores na VM pelas regras dos inlets, se faz o cálculo de tempo de ventilação mínima necessário pela idade das aves, condição de cama, época do ano, histórico do produtor, etc.
Autor: Jaquiel Bampi – Coordenador de Contas Especiais
Fonte: Acessória de imprensa
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