O funcionamento das vacinas de imunocomplexo nas aves

As vacinas de imunocomplexo entram em cena no momento ideal para o combate às doenças podem ameaçar a sanidade nas granjas

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Eduardo Muniz e Gleidson Salles*

A aplicação das vacinas no geral é considerada essencial como ferramenta para proteger o organismo de doenças. Quando se remete às aves a premissa é a mesma. A ação das vacinas do tipo de imunocomplexo exerce o funcionamento no momento ideal para o combate à doença. Em uma associação entre pesquisadores da Zoetis e do Departamento de Imunologia de Lelystad na Holanda, esse processo foi descrito e publicado em uma revista científica.

As vacinas de imunocomplexo são compostas pelos anticorpos mais os vírus vacinais. Essas vacinas têm como característica a ação personalizada frente ao sistema imunológico dos pintos, pois a liberação dos vírus do complexo imune para posterior estimulação da resposta imune ativa, é dependente e sincronizada com a quantidade de anticorpos maternais que cada ave tem.

Ainda dentro do ovo, o embrião inala e ingere o líquido amniótico contendo a cepa vacinal com complexo antígeno-anticorpo. Assim, o complexo atinge pulmões e intestino. Em seguida, a vacina é transportada pelos macrófagos por meio do sistema circulatório e linfático até os órgãos linfoides.

O que ocorre neste momento, são importantes mecanismos imunológicos começando a trabalhar, com dois tipos celulares distintos do sistema imune inato: os macrófagos e as células dendríticas foliculares. Encontrando essas células, o complexo antígeno-anticorpo adere aos receptores presentes em sua superfície.

Nos macrófagos, o complexo antígeno-anticorpo é internalizado, iniciando um ciclo de replicação contínua e permitindo que o vírus vacinal possa evadir-se da imediata neutralização por anticorpos maternais. Nas células dendríticas foliculares, o complexo antígeno-anticorpo permanece protegido e ligado à superfície por meio de uma ligação inativa iônica.

Dessa forma, a imunidade ativa irá se desenvolver quando ocorrer a queda natural dos anticorpos maternais. Nesta fase, o vírus vacinal emerge dos macrófagos e escapa dos receptores das células dendríticas, não podendo mais ser impedido de infectar a Bursa de Fabricius, onde inicia a rápida replicação nos folículos linfoides.

Diante de todo esse processo, essa tecnologia ganha destaque e deve ser considerada parte importante e inteligente na proteção das aves, trabalhando no momento certo e sinergicamente à proteção materna.

* Eduardo Muniz, médico veterinário, gerente de serviços técnicos e outcomes research na divisão de Aves da Zoetis e Gleidson Salles, médico-veterinário, gerente de produto na divisão de Aves da Zoetis

FONTE: Assessoria de imprensa 

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