O PAPEL DAS VACINAS INATIVADAS NA PROTEÇÃO FRENTE A DOENÇA DE GUMBORO

 

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Por: Antônio Neto – Serviços Técnicos Aves N/NE 

 

O controle das doenças imunossupressoras é um dos grandes desafios da indústria avícola moderna, devido ao seu impacto, direto ou indireto, no desempenho zootécnico das aves. Cepas de vírus da doença de Gumboro altamente virulentas (vvIBDV), uma dessas importantes enfermidades imunossupressoras citadas já causaram diversos surtos no Brasil, e desde então, a presença desse vírus nos plantéis vem causando preocupação e prejuízos aos produtores.

A doença de Gumboro, conhecida também como doença infecciosa da bursa (DIB), é uma doença viral aguda altamente contagiosa que acomete galinhas. Seu primeiro relato data de 1962 (Dr. Albert S. Cosgrove), quando recebeu essa denominação à época, por conta de surtos na região de Gumboro, no estado de Delaware-EUA.

Na década de 80, variantes do vírus passaram a ser isoladas a campo e surgiu a hipótese de que as vacinas comerciais preparadas a partir de cepa clássica não estariam protegendo de forma eficiente contra esses desafios. Foi a partir daí que a imunização com o uso de vacinas inativadas, com adjuvante oleoso, para estimular níveis elevados e uniformes de anticorpos em plantéis de matrizes, passou a ser realizada.

Dentre todos os tipos de criação, os programas vacinais de reprodutoras diferenciam-se dos demais justamente pelo fato de utilizar vacinas com cepas inativadas de Gumboro. A proteção das proles é objetivo essencial quando se utiliza esse tipo de imunizante. Após uma resposta imune primária (primer vacinal) obtida com vacinas vivas previamente aplicadas, a resposta secundária advém com o uso de cepas inativadas, responsáveis pelas doses de reforço (booster vacinal).

 

 

Essa elevação expressiva dos anticorpos circulantes, sempre que o organismo da ave é exposto novamente ao agente infeccioso garante uma produção uniforme, intensa e longa de anticorpos que serão transferidos aos pintinhos por meio do saco da gema. Entretanto, nem todo o quantitativo de anticorpos produzidos pelas sucessivas vacinações nas reprodutoras chega efetivamente até ao organismo do pintinho no momento do nascimento. Podemos ver abaixo quais enfermidades têm a maior capacidade de transferir verticalmente as respectivas imunoglobulinas para a progênie.

 

 

 Observa-se que a doença de Gumboro se destaca frente às demais nesse quesito e por essa razão, a escolha de vacinas contendo cepas inativadas da doença deve ser bastante criteriosa. Cepas com boa capacidade imunogênica frente aos desafios clássicos e variantes, inocuidade e adjuvantes tecnológicos, estão entre os principais pontos a se considerar. O trabalho abaixo (Charaibeh et al., 2008) corrobora o que foi mostrado na figura anterior.

 

Porcentagens médias de transferência de anticorpos das matrizes para as progênies
(Charaibeh et al., 2008).

 

As médias de títulos para o IBDV em pintinhos variaram entre 60–80%, maior percentual quando comparado aos demais microrganismos. Quando se pensa na montagem de programas para o frango de corte contra a doença de Gumboro, ter uma segurança de que os pintinhos estão recebendo uma forte imunidade passiva é imprescindível, principalmente em programas tradicionais com vacinas vivas atenuadas a campo, ou programas contendo vacinas recombinantes aplicadas no incubatório.

 

 

As vacinas vetorizadas são ferramentas eficientes e seguras e não sofrem interferência dos anticorpos maternos, já que não possuem o vírus vivo na sua composição. Porém, como o início da proteção por exposição da proteína VP2 depende da replicação do HVT (vetor), que ocorre por volta da segunda semana, a imunidade passiva deve ser alta para que a ave esteja protegida até este momento. Os anticorpos maternais são peças-chave nesse contexto! Cepas altamente virulentas (vvIBDV) têm a capacidade de superar certos níveis de anticorpos maternos e atingir as bursas das aves antes que as cepas vacinais possam prover proteção. Dessa forma, reprodutoras bem imunizadas, conferindo altos títulos à progênie, garantem uma janela de defesa (defense gap) mais curta até o início da imunidade ativa por ação da vacina. É o que mostra a figura acima.

Os programas imunização de matrizes podem ser os mais diversos possíveis, diferem de região para região e têm propósitos distintos. Apesar de inúmeras as possibilidades, a escolha do imunizante ideal, seguindo os procedimentos básicos de manipulação e aplicação, aliados a uma monitoria constante dos resultados são etapas fundamentais para garantia de uma proteção eficaz frente a esse importante desafio.

 

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Fonte: ZOETIS – AVES
Autor: 
Antônio Neto – M.V Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

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