As Salmoneloses estão entre as maiores preocupações da indústria avícola por ocasionarem perdas econômicas e riscos relacionados à saúde pública aos consumidores. A infecção por Salmonella inicia nos intestinos das aves, e por via sistêmica, atinge órgãos como fígado, baço, ceco e órgãos reprodutivos.
Importante salientar que não existe o produto ou procedimento “bala de prata” para o controle da Salmonelose. Os responsáveis pelo controle sanitários dos plantéis devem avaliar e utilizar ferramentas preventivas de forma integrada, e não como concorrentes. Sabe-se que a dinâmica dos sorovares mais prevalentes na integração pode ser variável, ou seja, ocorre uma substituição gradual ao longo dos anos, portanto, muitas abordagens de gestão para o controle que funcionaram bem no passado para alguns sorovares, podem não funcionar tão para outros. E isso pode estar relacionado a falhas de biosseguridade, programas de desinfecção e vazio sanitários ineficazes, uso contínuo de antibióticos nos plantéis, falhas na identificação e rastreabilidade de lotes positivos entre outros.
A seguir há um esquema que demonstra a abordagem integrada em toda cadeia avícola para controle de Salmonella:
As vacinas vivas são ferramentas eficazes que auxiliam o controle da Salmonelose tanto nas granjas avícolas quanto nas plantas frigoríficas. Normalmente essas vacinas apresentam o seguinte mecanismo de ação: colonização precoce dos sítios de ligação no trato intestinal das aves (importante para pintinhos); ativação de imunidade de mucosa (IgA) e redução na contagem de Salmonella em vísceras como fígado, baço e cecos¹. Além disso, são produzidas com conceitos tecnológicos de deleção/inversão de genes. A deleção gênica resulta em um organismo que retém a estrutura da parede celular e flagelos, mantendo os antígenos imunizantes intactos, mas sem capacidade de replicação no organismo da ave vacinada. Em consequência, permite a diferenciação laboratorial das cepas vacinais com cepas de campo, conferindo alta segurança no processo.
Eficácia comprovada na redução de carcaças positivas no frigorífico
Em um estudo de campo publicado recentemente (Fulnechek, 2022)² e conduzido nos Estados Unidos, avaliando dados de 9,5 milhões de frangos de corte abatidos (4 milhões vacinados e 5,5 milhões não vacinados), identificou-se uma redução de 60,4% nas carcaças positivas para Salmonellano grupo vacinado com uma vacina comercial (Poulvac® ST) em comparação ao grupo não vacinado. Conforme demonstrado na figura a seguir:
Figura. Percentual de carcaças positivas para Salmonella em frangos de corte vacinados em comparação com carcaças de aves não vacinadas:
Conclui-se que esse mecanismo de ação das vacinas vivas pode representar uma ferramenta valiosa também na redução da contaminação de carcaças por Salmonella no abatedouro, sendo uma aliada estratégica para empresas exportadoras de carne de frango.
Bibliografia
¹ Muniz E.C. Proteção cruzada da vacina viva com sorovar Salmonella Typhimurium em aves desafiadas por Salmonella Heidelberg. 2019.
²Douglas L. Fulnechek. Effective Salmonella control requires involvement of entire production chain. Poultry Health Today. 2022.
Conheça as soluções de controle da Salmonelose.
POULVAC® ST: https://www.zoetis.com.br/pesquisa-de-produtos/produtos/poulvac-st.aspx
POULVAC® SE: https://www.zoetis.com.br/pesquisa-de-produtos/produtos/poulvac-se.aspx
Autor: Josias Rodrigo Vogt – Assistente Técnico | Zoetis – Aves
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